Estudo da Acer conclui que as escolas da região EMEA têm de acelerar a inovação tecnológica24/1/2025
De acordo com o relatório da OCDE Education Policy Outlook 2024, o mundo da educação enfrenta atualmente três grandes questões críticas: a escassez de professores; o tempo excessivo que estes gastam em tarefas não-educativas; e o défice de competências digitais dos estudantes.
Já o Fórum Económico Mundial salienta que 39% das competências-chave exigidas pelo mercado de trabalho irão mudar até 2030 e que as competências tecnológicas, especialmente a inteligência artificial e a análise de grandes volumes de dados, serão cada vez mais importantes. Por conseguinte, é crucial que a educação e a tecnologia se tornem uma combinação inseparável para melhorar o trabalho quotidiano dos professores e, consequentemente, formar as competências digitais dos alunos para fazer face a um mundo de trabalho em mudança. Através do seu estudo “Edutech: where are today's schools?”, a Acer for Education analisa a implementação da tecnologia, analisando a utilização de dispositivos digitais, as prioridades de melhoria e as perceções sobre os benefícios e riscos associados. Ao mesmo tempo, a empresa destaca tendências significativas que poderão influenciar as futuras políticas educativas. A tecnologia na sala de aula: a aumentar, mas ainda insuficiente Quase 80% dos inquiridos no estudo consideram o computador portátil o dispositivo mais útil na aula, mas apenas metade deles tem um PC atribuído ou financiado pela escola. Um total de 40%, têm de recorrer ao seu dispositivo pessoal e 11% utilizam um dispositivo partilhado em diferentes salas de aula. Entre os dispositivos tradicionais, os desktops e os projetores são amplamente utilizados nas escolas (58% e 55%, respetivamente), enquanto as ferramentas STEM, como a robótica e a impressão 3D, continuam menos populares, com 34%, embora sejam consideradas essenciais para preparar os alunos para o futuro. Os dispositivos digitais ainda são utilizados para atividades básicas, o que denota, na maioria dos casos, uma falta de competências digitais por parte dos professores. De facto, os alunos utilizam sobretudo portáteis nos laboratórios (37%) para aceder a materiais ou plataformas de aula, para realizar trabalhos e projetos (35%) ou para ler livros em formato digital (29%). Menos de um quinto dos alunos utiliza dispositivos digitais para atividades que envolvem ferramentas STEM (19%) ou eSports/Gamificação (15%). Os professores utilizam os dispositivos tecnológicos durante as aulas na sala de aula ou no laboratório (80%), por exemplo, para partilhar apresentações ou materiais online com os alunos, para realizar testes de avaliação (66%) ou simplesmente para atualizar dados (57%) ou fora da sala de aula, para tarefas administrativas (63%). Inteligência Artificial (IA), uma faca de dois gumes A IA entrou em muitos domínios e a área da educação não pode ser esquecida. A investigação da Acer mostra que metade dos professores já utiliza a IA e a outra metade está interessada, mas gostaria de saber mais sobre ela e concorda que pode trazer muitos benefícios, mas também algumas preocupações. Enquanto a IA permite aos professores simplificar o planeamento das aulas (70%), sendo um aliado útil na preparação de exercícios assistidos (62%), na análise do progresso dos alunos (58%) e na realização de avaliações automáticas (56%), também é vista como uma ferramenta poderosa nas mãos dos alunos, que a podem explorar em seu benefício: fazer batota quando fazem os trabalhos de casa (49%) ou confiar na GenAI quando escrevem ensaios ou outros conteúdos (44%), perdendo assim a capacidade de fazer este trabalho de forma independente e distorcendo a nota que recebem. Outra preocupação deriva do uso excessivo de dispositivos digitais. Isto pode afetar o bem-estar físico dos alunos que passam muitas horas em frente a um PC (mencionado por 41% dos inquiridos), com consequências para a postura e a visão, enquanto o uso excessivo de teclados pode levar ao esquecimento das competências de caligrafia (43%). “Esta investigação confirma como a tecnologia se tornou um pilar da educação moderna, mas é igualmente claro que ainda há um longo caminho a percorrer. Verifica-se claramente que, na maioria das escolas, é necessário um maior investimento em dispositivos digitais, nas infraestruturas de TI, bem como em políticas de formação e sensibilização de professores para uma utilização responsável da tecnologia, como a IA”, comentou Cristina Pez, Diretora Comercial para o setor da Educação na Acer EMEA. “Desde o início que a Acer ouve as necessidades dos professores e oferece tecnologia preparada para o futuro para os apoiar concretamente no seu trabalho diário e para promover uma experiência de aprendizagem significativa, inclusiva e envolvente.” Os comentários estão fechados.
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Dezembro 2024
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