Num momento em que o consumo responsável se afirma como uma resposta aos desafios ambientais e sociais de hoje, as empresas à prova de futuro são as que adotam uma estratégia sustentável assente em valores que confiam nas relações públicas para criar relações de confiança. Por: Nuno Monteiro Ramos Ao questionarmo-nos sobre o que é a sustentabilidade, talvez seja importante começarmos por sublinhar aquilo que ela não é: a sustentabilidade não é uma tendência passageira. Pelo contrário, a sustentabilidade reflete um despertar social para os problemas associados a muitas das características do nosso modo de vida contemporâneo, que, nos casos mais extremos, é impulsionador das alterações climáticas e da perda de biodiversidade. Nesse sentido, a sustentabilidade é um objetivo em relação ao qual nenhum de nós – individual ou coletivamente – se deve desresponsabilizar. Cada vez mais, é também um objetivo que se reveste de escolhas quer pessoais, quer profissionais; escolhas desde o que e como consumir, até onde trabalhar. Aliás, hoje, é mais provável que potenciais funcionários se candidatem e aceitem posições em empresas que eles considerem sustentáveis do ponto de vista ambiental[1]. Tenho uma estratégia sustentável – e depois? Compatibilizar o sucesso económico de uma empresa, com valores e responsabilidades sociais e ambientais pode muitas vezes parecer uma incongruência, contudo novos modelos de negócio como o da economia circular estão a contrariar essa perspetiva. Uma estratégia sustentável assente nos princípios da economia circular representa uma oportunidade de redesenhar a interação cíclica entre desenvolvimento, utilização, reutilização, e reciclagem, com vantagens nos pilares ambiental, social e económico de uma forma integrada[2]. Acontece que ter uma estratégia sustentável é apenas uma de várias partes do desafio. Primeiro, porque as estratégias precisam de ser implementadas para que o que uma empresa diga corresponda àquilo que ela efetivamente faz e em que acredita (já ouviu falar em “greenwashing”?); depois – e não menos importante – porque as estratégias implementadas precisam de ser comunicadas às partes interessadas. É aqui que a sustentabilidade e a comunicação / relações públicas (PR) convergem. Como saber fazer os outros saber, ou: como comunicar a sustentabilidade A sustentabilidade e o PR convergem na valorização da autenticidade. Os consumidores estão mais informados do que nunca, e há fortes indícios de que quer os estilos de vida mais sustentáveis, quer a circularidade são fatores com importância crescente para as pessoas no dia-a-dia no momento de comprar e consumir[3]. Todavia, não basta a uma empresa ter e promover produtos sustentáveis: cada vez mais, é preciso estimular relações de confiança que posicionem as empresas no lado da defesa do ambiente e das causas sociais. Integrar a estratégia sustentável de uma empresa e comunicar os seus objetivos e resultados através de campanhas de PR sustentadas permite que as marcas criem confiança e autenticidade. Ao darem provas do seu compromisso transparente para com a responsabilidade ambiental e social, as empresas podem potenciar impactos positivos e duradouros a todos os níveis. Comunicar valores em vez de produtos No contexto da sustentabilidade, o PR oferece instrumentos valiosos que ligam as marcas comprometidas com a mudança positiva ao cada vez maior número de consumidores para quem essa mudança é uma mais-valia. Os profissionais do PR, graças às suas competências orientadas para a escuta e antecipação das tendências e interesses sociais, proporcionam às marcas oportunidades estratégicas de comunicar a sustentabilidade de forma responsável e consistente através de:
Numa altura em que o consumo responsável se afirma como uma resposta aos desafios ambientais e sociais da atualidade, as empresas devem abraçar novos modelos de negócio sustentáveis que criem um impacto positivo e promovam relações de confiança com os consumidores. Comunicar os resultados dessa transformação e os valores que a estimulam através de PR consistente e transparente são essenciais para promover a autenticidade e contribuir para o sucesso. [1] https://www.ibm.com/thought-leadership/institute-business-value/en-us/report/2022-sustainability-consumer-research
[2] https://www.gartner.com/en/newsroom/press-releases/2022-09-28-gartner-survey-shows-74-percent-of-supply-chain-leaders-expect-circular-economy-to-increase-profits-through-2025 [3] https://www2.deloitte.com/uk/en/pages/consumer-business/articles/sustainable-consumer.html Os nossos colegas da agência alemã Alpha Omega PR lançaram recentemente um podcast sobre PR no âmbito do qual criaram uma série, designada #GetGlobal, e na qual conversam com vários dos seus parceiros da rede Global One Communication.
Num dos últimos episódios, tive a oportunidade de falar um pouco sobre a criação da AEMpress e das opções que na altura tomámos na abordagem aos media e que – felizmente – se revelaram ser acertadas, designadamente no que diz respeito ao apoio dado a bloggers e youtubers, numa altura em que estes eram ignorados por outras agências. O episódio pode ser acedido aqui. A rede de agências Global One Communication, de que a AEMpress é membro fundador, teve recentemente a sua reunião anual, no passado dia 22 de setembro, na qual estiveram presentes todos os seus membros europeus, bem como representantes de uma nova agência que, a partir de agora, fará parte da rede: A Brand&Image.
A Brand&Image é uma agência marroquina que partilha dos valores da Global One Communication e que, tal como a maioria dos membros da rede, tem também uma forte componente de know-how na área das tecnologias da informação e eletrónica de consumo. A agência esteve representada pela sua diretora geral, Rajaâ Charifi, e pelo seu Business Developer, Younes Rouzky. O evento realizou-se em Lisboa e nele os membros da rede trocaram experiências e partilharam casos de estudo, de resto uma das maiores mais-valias destas reuniões. Através do seu parceiro espanhol 121PR, a AEMpress assume a partir deste mês a comunicação da Goodram e da IRDM em Portugal, as duas marcas de memória de computador (RAM) e armazenamento em massa (memória flash) da empresa polaca Wilk Elektronik, que dispõe da única fábrica europeia de chips de memória.
Com mais de 30 anos de experiência no mercado, bem como no fabrico das suas próprias soluções de engenharia e I&D, a Wilk Elektronik é uma das empresas mais reconhecidas no mundo graças à qualidade dos seus produtos e inovação. Isto deve-se ao uso de equipamento de última geração, anos de experiência e know-how, componentes e materiais de alta qualidade e um rigoroso controlo de qualidade em cada passo do processo de produção. As memórias para portáteis e computadores de secretária da Goodram destinam-se a consumidores e entusiastas de todo o mundo, mas também para utilização em aplicações industriais e de servidores. Quanto às memórias da IRDM, estão vocacionadas para aqueles que precisam tanto do máximo desempenho como da melhor resistência e fiabilidade – sejam eles fotógrafos profissionais, programadores ou cineastas, assim como os entusiastas de desportos radicais, jogos, eSports e modding. Para saber mais sobre as gamas de produtos da Goodram e da IRDM, por favor não hesite em contactar-nos. Pode também encontrar mais informação no seu website em: https://www.goodram.com |
AutorAntónio Eduardo Marques é o fundador da AEMpress. Arquivo
November 2022
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