O MadoquaPower2X, consórcio liderado pela empresa portuguesa Madoqua Renewables para desenvolver e operar uma unidade de produção integrada de hidrogénio renovável e amónia verde em Sines, assinou hoje em Milão um contrato de serviços de engenharia com a empresa NextChem que faz parte do grupo italiano Maire Tecnimont S.p.A.
O objetivo dos serviços de engenharia inclui estudos iniciais, revisão tecnológica e de processos, análise de modularidade e logística, bem como “front end loading” da engenharia necessária para as autorizações e licenciamento do projeto. O acordo foi assinado durante a feira GasTech, a decorrer até ao dia 8 em Milão, na presença do Secretário de Estado do Ambiente e Energia, João Galamba. O MadoquaPower2X irá utilizar energia renovável e 500 MW de capacidade de eletrólise para produzir anualmente 50.000 toneladas de hidrogénio verde juntamente com uma capacidade de produção de amónia verde de até 500.000 toneladas por ano. Este é o primeiro projeto a ser instalado no futuro polo energético e tecnológico de Sines com uma escala industrial. O consórcio está empenhado em desenvolver, instalar e operar o projeto de acordo com os mais elevados padrões ambientais e de segurança. O projeto, vocacionado para a criação de uma cadeia de valor de transporte de energia capaz de ser exportada, a partir do Porto de Sines, para destinos do Noroeste Europeu, irá gerar crescimento com uma atividade económica classificada como “sustentável” de acordo com a mais recente taxonomia da União Europeia. O Secretário de Estado João Galamba disse a propósito, no momento da assinatura do acordo: “A neutralidade climática até 2050 exige decisões ousadas sobre investimentos sustentáveis com foco nos objetivos energéticos e climáticos, permitindo ao mesmo tempo a recuperação económica – e o projeto MadoquaPower2X em Sines é um bom exemplo disso. Da ambição passamos à ação e temos o prazer de testemunhar este importante marco para o MadoquaPower2X e a Maire Tecnimont, confirmando o caminho certo para cumprir os objetivos que estabelecemos para a transição energética. Felicito os parceiros deste projeto pelo seu empenho e dedicação”. Já Rogaciano Rebelo, Chief Executive Officer da Madoqua Renewables, salientou: “Estamos entusiasmados por trazer a Maire Tecnimont S.p.A e a NextChem para acelerar as fases de licenciamento e engenharia do nosso projeto. Eles têm 70 anos de excelência em engenharia e já entregaram mais de 1500 fábricas químicas a nível mundial, demonstrando assim a sua capacidade de conceber um primeiro projeto complexo de grande escala de hidrogénio e amónia baseado na eletrólise". Finalmente, Alessandro Bernini, Diretor Geral do Maire Tecnimont Group e da NextChem, disse: “Estamos orgulhosos por este acordo com a MadoquaPower2X e a CIP [Copenhagen Infrastructure Partners], uma vez que se trata de um projeto com um impacto significativo na economia baseada em hidrogénio renovável na Europa. O panorama energético global está a mudar rapidamente e um projeto desta natureza, ligando o potencial renovável de Portugal, através do hidrogénio verde, com as infraestruturas energéticas do norte da Europa, é um grande exemplo de segurança energética europeia sustentável”. Sobre os membros do consórcio Madoqua Renewables é uma empresa portuguesa de transformação e desenvolvimento industrial focada na transição energética e criação de ativos de processos industriais de nova geração com um foco específico em projetos de carbono zero. A Madoqua Renewables está a desenvolver projetos avaliados em 2 mil milhões de euros ao longo da cadeia de valor do hidrogénio. A Power2X é uma empresa de desenvolvimento de projetos e consultoria de gestão para transição energética na Europa, África e Médio Oriente. A empresa tem sede em Amesterdão e trabalha com vários parceiros comerciais em novos projetos de transição energética. O foco está em projetos de grande dimensão em hidrogénio verde e azul, bem como em ativos de conversão, armazenamento e utilização final relacionados, todos com foco na descarbonização da indústria. A Copenhagen Infrastructure Partners é o maior gestor de fundos do mundo no contexto dos investimentos em infraestruturas de energias renováveis. A CIP gere oito fundos, com 16 mil milhões de euros sob gestão de 100 investidores institucionais da Europa, Ásia, Austrália e América do Norte e organizações multilaterais. O MadoquaPower2X fará parte do Fundo de Transição de Energia da CIP, que se concentra em “power-to-x” e outras tecnologias renováveis de próxima geração, a fim de facilitar a descarbonização de setores difíceis de abandonar, tais como a agricultura e os transportes. A Maire Tecnimont S.p.A, uma empresa cotada na Bolsa de Milão que lidera um grupo industrial internacional líder na transformação dos recursos naturais (engenharia de instalações no downstream de petróleo e gás, com competências tecnológicas e de execução). Através da sua filial NextChem, opera no campo da química verde e das tecnologias de apoio à transição energética. O Grupo Maire Tecnimont opera em cerca de 45 países, através de cerca de 50 empresas e cerca de 9.300 pessoas. Mais informações em: https://madoquaventures.com https://power2x.com https://cipartners.dk https://www.mairetecnimont.com Imagens de alta resolução: https://fotos.aempress.com/Madoqua-Ventures/Projeto-Sines A empresa portuguesa de gestão de projetos Madoqua Renewables assina no próximo dia 22, sexta-feira, Dia da Terra um acordo de parceria com a empresa neerlandesa Power2X e com a gestora de fundos dinamarquesa Copenhagen Infrastructure Partners (CIP) para construir o MadoquaPower2X, um projeto de escala industrial no valor de 1.000 milhões de euros destinado à produção de hidrogénio e amónia verdes em Sines.
Localizado na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), o MadoquaPower2X irá criar, durante a primeira fase, cerca de 200 postos de trabalho – e mais de mil empregos diretos e indiretos ao longo da vida do projeto. O MadoquaPower2X irá usar energia renovável e unidades AWE (eletrólise de água alcalina) com uma potência de 500 MW para produzir todos os anos 50 mil toneladas de hidrogénio verde e 500 mil toneladas de amónia verde, e inclui a possibilidade de aquisição de hidrogénio produzido por terceiros. O projeto irá reduzir emissões de CO2 até 600.000 toneladas por ano, das quais 400.000 toneladas através da produção de hidrogénio verde. O hidrogénio produzido no âmbito deste projeto poderá ser usado pela indústria local, transportado pelo gasoduto de hidrogénio de Sines atualmente a ser desenvolvido pela REN, integrado na rede de gás natural já existente ou processado para a criação de amónia verde para exportação a partir do terminal do porto de Sines. Rogaciano Rebelo, CEO da empresa portuguesa Madoqua, que lidera este consórcio, explica: “estamos orgulhosos por trazer este projeto para Portugal e colaborar com diferentes parceiros na cadeia de valor do hidrogénio e derivados. Portugal está estruturalmente bem posicionado para desempenhar um papel de liderança no espaço emergente de transição energética na Europa. Este projeto, juntamente com o desenvolvimento dedicado de geração de energia renovável, irá contribuir de forma significativa para a Estratégia Nacional para o Hidrogénio (EN-H2)". Occo Roelofsen, Founding Partner da Power2X, empresa especializada na transição energética e consultoria de gestão, comentou por seu lado: “A Power2X está entusiasmada por desenvolver este projeto-bandeira juntamente com os seus parceiros, de forma a acelerar a transição energética da Europa e contribuir significativamente para o objetivo ‘net-zero’ de 2050. O MadoquaPower2X irá abrir o caminho para a descarbonização de processos industriais críticos e reduzir a dependência em importações de gás natural.” Para Filipe Costa, CEO da AICEP Global Parques, entidade gestora da ZILS, “este muito relevante investimento na capacidade de produção de hidrogénio e amónia verde na ZILS irá acelerar a transformação industrial portuguesa e aumentar as exportações. A transição energética, a descarbonização e a economia circular são fundamentais para o crescimento futuro e a competitividade global da economia portuguesa.” Já Philip Christiani, Partner na CIP, disse: “Estamos entusiasmados por anunciar o nosso envolvimento no MadoquaPower2X, um projeto europeu de hidrogénio verde pioneiro. Sines oferece uma excelente localização para este projeto – proximidade à indústria pesada local, um terminal de exportação e a vontade política demonstrada por Portugal de ser um líder europeu em hidrogénio verde. Estamos ansiosos por trabalhar com os nossos parceiros de consórcio para dar vida ao MadoquaPower2X”. Projetos de energia renovável A eletricidade para o MadoquaPower2X será obtida a partir de projetos de geração renovável em Portugal, em particular através de comunidades de energia renovável com parques eólicos e solares que serão desenvolvidas em paralelo. Esta abordagem irá assegurar a disponibilidade de energia renovável dedicada através de toda a vida útil do projeto. O projeto está neste momento em fase de desenvolvimento e espera-se que esteja totalmente licenciado e pronto para a decisão final de investimento até ao final de 2023, com a construção a ser iniciada logo a seguir e a primeira produção em meados desta década. O MadoquaPower2X irá realizar contribuições significativas para a EN-H2 até 2030, nomeadamente ao contribuir com 25% da capacidade total de eletrólise prevista. O projeto integrado de hidrogénio e amónia, incluindo as suas fases futuras, criará cerca de um milhar de postos de trabalho diretos e indiretos (o que corresponde a 10%-12% do objetivo de criação de emprego) e, com um investimento de mil milhões de euros, irá contribuir com 10% a 15% dos objetivos totais de investimento em hidrogénio de Portugal. Além disso, se a produção de hidrogénio for preferida à produção de amónia, o projeto MadoquaPower2X poderá atender 100% das metas de injeção de hidrogénio na rede nacional de gás em 2030. Este projeto tem capacidade para consumir todo o hidrogénio produzido localmente para a produção de amoníaco e orgulha-se de apoiar a iniciativa do anel de hidrogénio em Sines como um dos maiores clientes. Os membros do consórcio estão a explorar oportunidades com diversas partes interessadas no sentido de expandir ainda mais o projeto de forma a ser capaz de produzir um total de mil milhões de toneladas de amónia verde por ano, desta forma reduzindo emissões de CO2 em 1,2 mil milhões de toneladas por ano. O desenvolvimento das fases subsequentes do projeto começará em 2024 com o funcionamento em pleno previsto para 2030. Fotos de alta resolução: https://fotos.aempress.com/Madoqua-Ventures/Projeto-Sines |
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September 2023
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