As ameaças de email agravaram-se nos primeiros quatro meses de 2022 (ou T1 2022), crescendo 37% em comparação com o último quadrimestre de 2021 (ou T3 2021). A conclusão é do ESET Threat Report T1 2022, que compila as principais estatísticas dos sistemas de deteção da ESET, destacando exemplos notáveis da sua investigação na área da cibersegurança e revelando informação exclusiva sobre ameaças atuais e tendências para o futuro.
Apesar das atividades de phishing ativas, foram as campanhas de spam de email, com documentos maliciosos da família de trojans bancários Emotet, que são apontadas como a principal razão para este crescimento. Em março de 2022, a ESET registou um pico de campanhas de email em grande escala do Emotet, detetado como variantes do DOC/TrojanDownloader.Agent. Este aumento foi também registado em Portugal, e corresponde a algumas das 10 principais ameaças detetadas no país no primeiro quadrimestre do ano. A nível global, a incidência do DOC/TrojanDownloader.Agent nas caixas de email foi de tal ordem que a ESET registou um aumento de 829% em comparação com as deteções das variantes em T3 2021. O DOC/TrojanDownloader.Agent representa documentos Microsoft Word maliciosos que descarregam outros malwares na Internet. Os países mais afetados pelas renovadas campanhas do Emotet foram o Japão, Itália e Espanha. No entanto, esta campanha precedeu a decisão da Microsoft de desativar os macros Visual Basics for Applications descarregados por predefinição nos programas Office - uma das principais vias de distribuição usadas pelo Emotet. Ou seja, no futuro, os operadores desta família de trojans serão forçados a procurar novas vias de ataque. Outra ameaça distribuída como anexos de email - e Discord - com um crescimento substancial em T1 2022 foi o MSIL/TrojanDownloader.Agent, que cresceu 130% em comparação com T3 2021. Este malware tenta descarregar outros malwares através de vários métodos, contendo normalmente um URL ou uma lista de URLs que conduzem ao “payload” final. Em Portugal, o MSIL/TrojanDownloader.Agent foi a terceira maior ameaça detetada em T1 2022. Entre os tipos de anexos maliciosos distribuídos por email no primeiro quadrimestre de 2022, mais de metade foram anexos executáveis Windows (55%). Os ficheiros de Script (30%) e os documentos de Office (10%) também foram populares para cibercriminosos. A prevalência dos ficheiros de Office duplicou neste período devido à atividade do Emotet, mas deverá decrescer no futuro devido ao bloqueio da via de distribuição. Para mais informações, consulte o relatório completo. Imagens de alta resolução: https://fotos.aempress.com/WhiteHat/ESET/Crescimento-das-ameacas-de-email-em-T1-2022 Os comentários estão fechados.
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